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Eu achava que eu era uma pessoa sem raízes e independente (uhhhh). Foi só mudar de país, de carreira e de vida pra perceber que existem coisas que a gente não consegue desapegar. Levei um tempo pra perceber que o vazio que eu sentia era justamente desse "tudo" que eu "larguei" e achava que não era tão importante assim. Fica mais leve quando descobrimos os entulhos que dá pra descartar sem medo e as preciosidades (a.k.a. meus livros hahaha) que vale o esforço de levar nessa mala que a gente carrega pra lá e pra cá.

É bom mudar de ideia, mudar de planos, mudar de lugar. Mas ser fiel ao que a gente é, na essência, pode ser uma forma de ter um lugar quentinho e confortável sempre disponível para voltar sempre que necessário.

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Eu larguei tudo - no caso, a carreira - e me permiti começar tudo de novo. Achei que era do zero, mas descobri depois que me carreguei junto na história, com minha experiência. Está sendo delicioso!

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Eu amo "achei que era do zero", porque nunca de fato deixa de ser a gente totalmente. Quantas vidas já vivemos e era sempre a gente o tempo todo?

É que são tantas expressões capciosas que consagram, tipo "largar tudo" que leva a esse sentimento (que pode ser nossa velha autocobrança) de que tudo precisa ser sempre mega radical impactante e se não for é porque não prestou. Mentira, sempre tudo se aproveita e soma pra próxima. ♥️

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Exato! É tão gostoso quando a gente percebe que não precisa ser radical e definitivo. Cada novo passo pode ser dado aos poucos... um pouco de bagagem, uma pitada de novidade... e se der tudo "errado" a gente pode voltar pro ponto de partida e começar de novo.

Ps: mais fácil falar do que fazer hahahhaha

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Hahahhaha adorei! Você tem toda razão. Pensar apenas em um passo depois do outro ajuda a tirar uma parte do peso, né?

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Tudo se aproveita mesmo, querida - é muito legal aprender isso na prática. Adorei sua analise dessas expressões. Parece que é tudo feito pra pesar, dificultar e ser definitivo - quando a vida nem é assim, na real ❤️

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Me vejo nesse texto! 💛

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Luísa Sonza dizendo que se apaixona por todo mundo que fica e você que casa em todo relacionamento, senti alívio de ter mulheres fodas que sentem como eu .

Sobre querer resetar , fingir que é outra , ando fazendo isso pra não surtar , tamanho é minha insatisfação com a realidade , enfim ... minha terapeuta que não me escute.

Estou lendo “belo mundo onde você está” de Sally Roney , Que escreve sobre jovens ( já não sou mais jovem 🥺) e entendo que tá todo mundo meio lascado , então, Gabi , só nos resta tentar ser mais gentis com essa outra que mora dentro da nossa cabeça . Essa outra que não podemos largar .

Bj❤️

Gaía Passareli , deu uma palestra sobre monetizar newsletter, lembrei de você . 😘

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Todas na reflexão da monetização né

Tô super tentando inventar formas tb, bora ver no que dá - apesar de ser anticapitalista sou a favor kkk não me cobre coerência

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Me identifiquei demais com esse seu texto (e com você. rs). Sempre estive namorando/casada. Via no meu ex um limitante pra tudo que eu queria ser e quando finalmente tive coragem pra terminar, depois de 15 anos de relacionamento, descobri que a limitada era apenas eu mesma. A relação já não funcionava por N motivos de qualquer forma, mas me dar conta que o que eu idealizava pra mim mesma em grande parte não era concretizado porque eu mesma era incapaz pra tudo aquilo foi dolorido. 4 anos, muita terapia e um novo casamento mais livre e saudável depois têm me feito ser quem posso ser, amar essa pessoa e curtir o processo, embora ainda me pegue de vez em quando idealizando como seria morar em outra casa, sem marido e vivendo X situações que no fundo não tem nada a ver comigo (amores intensos e fugazes, quem quer sofrer assim? Gosto tanto de estabilidade, rotina e segurança. Rsrs). Que bom que a gente amadurece, em algum ponto e consegue se enxergar. Acho. Rs. Bjões

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